DOURO, FAINA FLUVIAL
Portugal | 1931 | 20′ | cópia digital
Realização: Manoel de Oliveira

Um documentário de 20 minutos sobre a cidade do Porto e o seu eixo principal: o rio Douro. Oliveira procurou uma estética sofisticada e rigorosa que não se fica por uma pontual observação da realidade social. Pelo contrário, ele quis e foi muito mais longe neste seu primeiro trabalho, experimentando uma outra forma de apresentar o real. A estrutura deve-se muito a um cinema de vanguarda, como era o de Dziga Vertov, Jean Vigo e sobretudo Walter Ruttman, que teve bastante influência sobre Oliveira, através da sua obra “Berlim, Sinfonia de uma Cidade.” ”Douro, Faina Fluvial” provocou um verdadeiro impacto entre a crítica da época, devido à sua inteligentíssima e veloz montagem e à beleza da sua fotografia. Criticado pela crítica portuguesa e elogiado pela estrangeira no V CONGRESSO INTERNACIONAL DA CRÍTICA, Oliveira acabava de entrar desta forma no mundo do cinema. Este trabalho foi realizado com António Mendes, seu amigo e fotógrafo amador. Ambos demoraram aproximadamente 2 anos na recolha de imagens, porque só filmavam nos tempos livres (fins-de-semana).